O Governo Federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou um investimento expressivo de R$ 23 milhões destinados à reestruturação de 242 casas na parte baixa de Paranapiacaba, localizada em Santo André. A iniciativa faz parte do Novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) e foi revelada em uma reunião realizada ontem, envolvendo autoridades locais e representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O presidente nacional do Iphan, Leandro Grass, e o superintendente do Iphan em São Paulo, Danilo de Barros Nunes, compartilharam os detalhes da iniciativa. Este investimento é parte integrante de um pacote que compreende oito obras financiadas pela União na Vila Ferroviária de Paranapiacaba.
Leandro Grass destacou que os recursos necessários para a execução do projeto já estão garantidos, totalizando impressionantes R$ 700 milhões. Dentre esse montante, os R$ 23 milhões destinados a Paranapiacaba têm como objetivo abranger uma série de imóveis, transformando a condição da vila como um todo. O presidente do Iphan enfatizou a importância de não se limitar a revitalizar apenas algumas edificações, mas sim abraçar uma abordagem abrangente para garantir o resgate e a preservação do patrimônio.
“Estamos em uma fase de atualização de projetos que estavam parados, e as prefeituras em todo o Brasil estão reavaliando cada um deles não apenas do ponto de vista orçamentário, mas também considerando possíveis adaptações. Já firmamos o termo de compromisso, e a transferência dos recursos ocorrerá conforme o andamento das obras”, explicou Grass.
Este investimento em Paranapiacaba é reconhecido como um dos maiores do Novo PAC. O programa, que atualmente contempla 139 obras, tem como meta selecionar mais 100 projetos até o final de 2024. As prioridades incluem ações relacionadas às matrizes africanas e culturas indígenas, memórias de comunidades tradicionais e pequenos territórios.
“É um movimento de olhar para os territórios e entender que o patrimônio não se limita apenas ao que está monumentalizado em prédios de referência. As pessoas são o patrimônio. Não faz sentido ter uma cidade atraente para turistas e desfavorável para os moradores locais. Por isso, estamos empenhados em atender e apoiar os moradores de centros históricos”, destacou Grass.