O cenário econômico do Brasil apresenta sinais positivos, com aumento de empregos, controle da inflação, crescimento do PIB acima das expectativas do mercado e reajuste do salário mínimo além das perdas anuais. Esses indicadores fazem com que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteja confiante de que o país atravessa um bom momento e seguirá uma trajetória de redução da desigualdade social, estabilidade fiscal e credibilidade internacional. Essa perspectiva foi compartilhada por Lula durante uma entrevista à jornalista Renata Varandas, da TV Record, no Palácio do Planalto, nesta terça-feira, 16 de julho.
“Estamos crescendo mais do que o mercado previa. Eles esperavam um crescimento de 0,8%, e alcançamos 3%. Previa-se uma inflação descontrolada, mas ela está sob controle. O Brasil criou 2,5 milhões de empregos em um ano e sete meses. A massa salarial cresceu 11,7%, e o salário mínimo foi reajustado duas vezes acima da inflação. Isentamos do imposto de renda quem ganha até dois salários mínimos e pretendemos aumentar esse limite para R$ 5 mil. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome. Estamos vivendo um momento muito positivo”, afirmou Lula.
Ao longo de uma conversa de quase 40 minutos, Lula defendeu a estabilidade econômica e fiscal, além do cumprimento das metas de inflação. “Vamos criar um país com estabilidade fiscal, econômica e social, com previsibilidade. A responsabilidade fiscal é um valor que carrego desde a infância”, resumiu o presidente.
Lula destacou que o crescimento do país deve ser acompanhado pela redução das desigualdades sociais e pela criação de oportunidades. Ele também mencionou a necessidade de regular as big techs, afirmando que o ambiente digital se tornou um terreno fértil para a disseminação de desinformação. O presidente defendeu a retomada da civilidade no debate político, comemorou o retorno do Brasil à cena geopolítica internacional e ressaltou as oportunidades geradas pela transição energética.
Confira alguns dos principais pontos da entrevista:
ECONOMIA – “Não há um único indicador que sugira problemas econômicos no Brasil. Estamos crescendo acima das expectativas do mercado. Geramos 2,5 milhões de empregos em um ano e sete meses. A massa salarial aumentou 11,7%, e o salário mínimo foi reajustado duas vezes acima da inflação. Isentamos do imposto de renda quem ganha até dois salários mínimos e planejamos elevar esse limite para R$ 5 mil. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome. Estamos vivendo um momento excepcional.”
META FISCAL – “O Brasil é um país grande e poderoso. Se o déficit é zero ou 0,1, o importante é que o país esteja crescendo economicamente e gerando empregos. Vamos cumprir o arcabouço fiscal e criar um país com estabilidade jurídica, fiscal, econômica e social, proporcionando previsibilidade.”
SALÁRIO MÍNIMO – “O salário mínimo não pode ser reduzido. Quando ajustamos o salário mínimo, consideramos a inflação e o crescimento do PIB dos últimos dois anos. Se o PIB crescer 6% em dois anos, além da inflação, o salário mínimo aumentará 6%. Isso é justo, pois a riqueza gerada deve ser distribuída de forma equitativa.”
CIVILIDADE – “Precisamos de civilidade na política, aprendendo a conviver democraticamente na diversidade. Devemos respeitar as opiniões diferentes e valorizar o argumento no debate político. A violência é abominável.”
BIG TECHS – “As empresas de tecnologia não podem continuar lucrando com a disseminação de mentiras e ódio. Precisamos de uma regulação para restabelecer a normalidade, e essa discussão deve ser feita em foros internacionais, como a ONU, G20, BRICS e G7.”
COMBATE À FOME – “Estamos promovendo uma campanha global contra a fome e a pobreza. O mundo já produz alimentos suficientes, mas precisamos garantir que todos tenham acesso aos bens básicos para a sobrevivência.”
RECONSTRUÇÃO – “Nos últimos um ano e sete meses, restabelecemos o papel do Brasil no cenário internacional, abrindo 165 novos mercados para produtos brasileiros. Esse esforço diplomático é fundamental para a boa imagem do Brasil e para o seu desenvolvimento.”
Esses são os principais trechos da entrevista do presidente Lula, refletindo um otimismo sobre o futuro econômico e social do Brasil.