A iminente privatização da Linha 7 – Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) está gerando preocupações significativas entre os moradores do Grande ABC. A linha, que atualmente conecta Rio Grande da Serra a Jundiaí, será repassada para uma empresa privada, o que inevitavelmente resultará em mudanças drásticas na integração e no acesso ao transporte público na região.
A decisão do do governador Tarcício de privatizar a Linha 7 – Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) prevê a transferência da operação para uma empresa privada, levanta sérias dúvidas sobre a eficácia das políticas adotadas em relação ao transporte público na região.
Uma das principais críticas ao processo de privatização é a possível interrupção do serviço direto de Rio Grande da Serra para Jundiaí, afetando diretamente a comodidade e a eficiência do deslocamento para os usuários. A privatização, que será concretizada por meio de um leilão dos trens série 9500 no dia 29 de fevereiro, levanta sérias questões sobre o futuro da mobilidade na Grande São Paulo.
A ViaMobilidade, uma das empresas cotadas na bolsa de apostas e a mais forte a competir no leilão, poderá assumir a operação da Linha 7 – Rubi. No entanto, a falta de clareza sobre as estratégias da empresa para melhorar o serviço e garantir a continuidade das rotas existentes preocupa os moradores, especialmente aqueles que dependem do transporte público para seus deslocamentos diários.
Uma crítica recorrente é a ausência de integração efetiva do transporte metropolitano na região do ABC. Os moradores já enfrentam tarifas sem integração, e a privatização poderia ser vista como uma oportunidade para reverter essa situação. No entanto, a falta de garantias sobre a implementação de melhorias nesse sentido deixa os usuários do transporte público apreensivos.
Além disso, a decisão de leiloar os trens série 9500 suscita questionamentos sobre a continuidade do investimento em manutenção e modernização do sistema ferroviário. A falta de uma visão de longo prazo pode comprometer a qualidade do serviço prestado à população, resultando em possíveis impactos negativos na eficiência e segurança do transporte.
A privatização do transporte na Grande São Paulo, sem medidas claras para atender às necessidades dos usuários, pode se tornar um retrocesso na busca por uma mobilidade urbana mais eficiente e integrada. Os moradores do Grande ABC, que já enfrentam desafios no acesso ao transporte metropolitano, merecem uma abordagem mais cuidadosa e transparente para garantir que as mudanças propostas não prejudiquem ainda mais a qualidade de vida na região.