O presidente Lula enfatizou que não serão feitos cortes nas áreas essenciais como saúde e educação, contrariando críticas do mercado financeiro e da imprensa sobre a situação fiscal do país. Em uma coletiva no último sábado (15), Lula rejeitou a ideia de piorar esses setores cruciais, destacando que historicamente o povo pobre foi excluído do orçamento brasileiro por séculos. Ele afirmou categoricamente que não permitirá ajustes que prejudiquem os menos favorecidos, assegurando que “não vamos fazer ajuste em cima dos pobres”.
Além disso, Lula criticou a taxa Selic do Banco Central, sugerindo que a mesma imprensa que clama por ajustes fiscais celebra juros elevados que beneficiam setores financeiros. Ele ressaltou a dominância do sistema financeiro na mídia brasileira, lamentando a falta de debate sobre a alta taxa de juros em um contexto de inflação moderada.
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, também comentou sobre o assunto, denunciando a pressão da grande imprensa por cortes nos gastos sociais e investimentos públicos, enquanto critica a desigualdade na carga tributária. Ela apontou que a economia do país é mais afetada pelos juros altos do Banco Central do que pelos investimentos sociais.
Em um contexto onde os gastos com juros da dívida pública consomem uma parcela significativa do orçamento, Lula e sua equipe defendem uma revisão das prioridades fiscais, focando em justiça social e desenvolvimento econômico inclusivo desde o início de seu terceiro mandato em 2023.